17 de fevereiro de 2012

Impressões do Mestre - Sessão 20

Finalmente um jogo mais longo esse da sessão 20. Dessa vez, estávamos jogando em 4 pessoas. Eduardo (Elmorn), Amoneli (Dalrast) e Immich (Slinker). O vrikolaka não pôde comparecer nessa sessão, e eu tomei o controle da personagem Annabela.

Pra começar, o jogo foi muito bem, muito bacana e fluido. Chegaram na caverna, vasculharam armadilhas, mas esqueceram de um item essencial na bolsa de qualquer aventureiro, a tocha. Nesse momento houve aquela pausa dramática. Olhei a ficha de Annabela e percebi que, para o alívio do grupo, o Vriko tinha deixado memorizada a magia luz. Isso foi a salvação para eles, ou não.

Confesso que pra essa sessão eu não tinha nada preparado, nada mesmo. Só sabia que o grupo ia entrar na caverna, combater as criaturas reptilianas, e que eu queria colocar algo diferente pra dar um susto neles, do tipo estar esperando um desafio, mas encontrarem outro bem diferente. Depois de uma conversa com o jogador e também mestre de OD Rodrigo (que interpreta o Samwell, que está afastado do jogo), decidi unir a criatura a uma armadilha, e disso surgiu o cubo gelatinoso (ou geleia, não importa realmente) dentro de um buraco no chão. Assim que vi a imagem da pedra com uma forte iluminação refletindo no gelo, decidi usar isso também, juntei tudo e deu no que deu, de um jeito bem interessante.

A escuridão, o forte reflexo e o buraco formaram a armadilha que eu queria.

Já o combate, me deixou muito contente, fomos todos além de quaisquer regras de combate. A iniciativa rolou meio naturalmente, as ações tinham uma descrição que diminuíram muito a rolagem dos dados, feitas principalmente em descrições.

Todos os jogadores tiveram uma postura que me deixou muito satisfeito, vou falar um pouco de cada um:
  • Immich: Todas as ações tomadas pelo Immich fizeram do Slinker um personagem muito interessante. As ideias que ele usou realmente foram além da mecânica. Pelo que me lembro, só pedi duas rolagens de dados para ele durante a sessão toda, que foi na hora de segurar o Dalrast na queda e na hora de puxar o Dalrast com o arpéu. O pensamento foi totalmente fora dos padrões que eu estava acostumado a ver. Ainda estou me perguntando se ele pelo menos chegou a olhar a ficha dele nessa sessão, ou se foi tudo puramente no roleplay;

  • Eduardo: Sem dúvida, o Elmorn vem agindo de uma forma muito particular durante todas as sessões. Enquanto todos estão interagindo, ele houve, pensa e depois de algum tempo coloca suas ideias para funcionar. E quando faz, geralmente funciona. Essa alternativa do fogo alquímico simplesmente pegou todo mundo de surpresa. Foi o pensamento mais insano e mais divertido da sessão na minha opinião. Neste caso, mesmo com o risco de o frasco cair e acabar em tragédia, eu não pedi nenhuma rolagem. A ação e a ideia do grupo era tão bacana, que estragar isso com uma rolagem ruim não fazia sentido algum, então, bola pra frente, ação bem sucedida!

  • Amoneli: Mas sempre tem um personagem impulsivo pra estragar o plano dos demais. Por mais que o Amoneli soubesse que o plano podia funcionar, ele ignorou isso e seguiu o instinto do personagem. Continuou a combater. Depois da conversa com os anões, ele se sentiu ainda mais compelido em lutar e defender os amigos, mesmo que isso fosse perigoso. E foi. O personagem quase morreu no interior do Cubo. Eu não ia permitir que ele combatesse dentro da criatura, os demais teriam que salvá-lo. Mas foi aí que o Amoneli se lembrou do ponto narrativo concedido quando eles descreveram o que fizeram na fortaleza anã. Com isso, ele descreveu como seu personagem lembrou a si mesmo de não desistir, de lutar com todas as forças, e então tomou impulso para um forte golpe.

E desse jeito, o grupo conseguiu passar por esse encontro. Mais uma vez, me ocupei tanto com a criatura (e me dou tão mal com clérigos) que mal consegui conduzir Annabela, mas ainda sim ela deu sua ajuda.

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