Sessão 9: Recuperando a Orbe

Vamos então para a última sessão da aventura A Orbe do Dragão, onde o grupo sai em busca de uma orbe que protegia a cidade e foi roubada. Depois de seguirem por um caminho tortuoso atrás de uma suspeita que se revelou mais tarde parte de uma traição, eles finalmente chegam ao esconderijo do homem que roubou a orbe, Kildrak, um mago poderoso que com a ajuda de Selene tenta adquirir um forte poder e colocar os personagens para trabalhar para ele também.

Cena 1: E...

Os heróis estão de cabeça quente, Dalrast se irrita e começa a praguejar Kildrak. No vazio, uma voz ecoa, forte, a voz de Kildrak, que segundo Selene, parece que iniciou o ritual para retirar poder da orbe. Eles não tem muito tempo.Todos correm com armas nas mãos em direção a voz, cada vez mais fundo. O som fica mais alto. É possível ver uma iluminação mais abaixo, o ar começa a ficar pesado.

Eles adentram uma espécie de salão natural, chegam correndo, sem se preocupar em esconder sua presença, a raiva os domina. O mais controlado ali é Slinker, mas mesmo assim parece nervoso. O ambiente é iluminado com tochas presas ao redor, providenciando uma luz fantasmagórica que só fica mais estranha com o brilho que emana da orbe, que pulsa em cores diversas com o ritmo do cântico de Kildrak, que produz uma imensa sombra na parede as suas costas, os braços dançando sobre a orbe. Ele para e olha para o grupo. Então sorri e diz:


-Sejam bem vindos! Vejo que venceram todos os meus desafios até agora, provaram seu valor e agora estão prontos para me servir em uma nova era de poder, onde o império da deusa da escuridão, a rainha dos dragões irá novamente prevalecer! Venham, juntem-se a mim e tenham riqueza e poder além de sua imaginação...

Diante da proposta, eles ficam ofendidos e furiosos, Dalrast e Hansi dizem que não querem nada vindo de alguém sujo como ele. Kildrak se vira para Selene, confuso, o que ela fez com o plano? Selene diz que se arrepende do que fez, agora ela enxerga o que é o certo a fazer e quem são seus amigos.

Kildrak então percebe o que houve, pega seu cajado e se prepara para o combate.

Cena 2: Ação!

Os três guerreiros (Selene, Hansi e Dalrast) correm em direção a Kildrak, que parece melhor preparado e começa a realizar movimentos de poder. Mas Slinker que desaparecera assim que adentraram o salão lança uma adaga vinda do lado esquerdo de Kildrak. O repentino reflexo das luzes da orbe sobre a adaga são o suficiente para fazer Kildrak desviar, ao mesmo tempo que ele estende uma de suas mãos em direção a Hansi e Selene que vem lado a lado. Chamas voam sobre os dois. Hansi escapa, mas Selene é pega desprevenida, ela grita de dor. Hansi enfurecido parte para o ataque, com uma espada em cada mão, ele corre. Dalrast corre também. Hansi acerta o primeiro ataque, e Dalrast faz o mesmo logo em seguida.

Kildrak vai ao chão, um dos golpes foi na perna, ele cai de joelhos, está debilitado, mas mostra persistência no olhar. Então um vulto, um som que rasga o ar. O olhar de Kildrak se transforma em espanto logo que uma lança atravessa seu peito, passando entre os dois guerreiros. O mago cai de costas. Selene vem andando com dificuldade. "Morra, verme." ela diz, enquanto vai se aproximando com dificuldade. Está com queimaduras no rosto e na barriga. "Confiam em mim agora?"

Slinker sai das sombras também, eles se reúnem em volta do corpo. Slinker diz para pegarem a orbe e darem o fora. Hansi pede um momento, tem uma última coisa a fazer. Levanta Kildrak pelos cabelos, então passa a espada na garganta dele, separando a cabeça do corpo. "Eu disse que queria a cabeça dele."

Cena 3: Retorno

Agora, com a orbe em mãos, eles retornam. No caminho passam pela pequena vila de Sharn, aquela que viram queimando pouco antes de serem atacados pelo dragão.

Depois de um tempo conversando a porta, com o elfo fumante reclamando do cheiro forte da fumaça, eles entram. A cidade está em ruínas, o fogo engoliu tudo, os corpos parecem como carvão, os que estão em melhor estado são irreconhecíveis. Selene se emociona, conhecia o povo daquela vila. Está tudo acabado agora, não resta mais ninguém.

Na volta eles passam também pela cidade arruinada onde enfrentaram o fantasma do Rei Moloch, Selene diz para não falarem seu nome, pois da vez anterior ele apareceu por dizerem seu nome 3 vezes, foi mais um dos testes que ela e Kildrak haviam preparado.

Com a chegada da noite, eles chegam também a Coronar. Foram 3 dias fora, mas a diferença da cidade de antes é evidente. Quando saíram, as ruas estavam cheias, o festival fervilhava de gente, e a animação estava por todo canto. Nessa noite, a cidade parecia deserta. As ruas estavam vazias, talvez pela hora avançada, talvez pelo medo do dragão, quem sabe ambos. Eles se dirigem para o conselho da cidade, o único barulho é o de seus passos e da cabeça de Kildrak que vai presa pelo cabelo ao cinto de Hansi, fazendo barulho ao bater de encontro com suas vestes.

Lá eles são recebidos com alegria pelos guardas. Um deles os leva para o salão central, e o outro corre chamar o conselheiro Heldon, o mesmo que conversou com todos os aventureiros no dia do roubo. Ele os recebe com alegria. Depois de uma conversa, entrega as recompensas, são 1000 PO em títulos reais, notas que valem 10 PO cada com o brasão do reino gravado de uma forma única. Selene recusa sua parte, dizendo que precisa conversar com Heldon depois. Eles então são convidados para ir até a sala onde a orbe fica guardada.

-Olhem atentamente para o poder da orbe, basta colocar ela aqui e então...

Cena 4: Problemas (final)

Heldon fica mudo, a orbe permanece como estava antes, apagada. Pelo visto, algo extraordinário deveria acontecer, mas deu errado. Heldon pergunta como acharam a orbe. Slinker explica que acharam com o bruxo, aquele ali mesmo que "tá" no cinto do Hansi, e que ele "trava" falando uns "troço" esquisito e fazendo uns movimentos com as mãos, a orbe "tava" pulsando com muitas cores. Selene se lembra de Kildrak falar sobre o império da rainha dos dragões com frequência, mas não sabe ao certo o que isso significa.

Isso é preocupante, Heldon teme que a cidade não esteja segura, o brilho que a orbe emite é pouco, olhando melhor, é possível ver uma rachadura. Hansi reclama de cansaço, Slinker também. Então eles são conduzidos para os aposentos extras do conselho, onde poderão descansar tranquilamente e amanhã conversarão mais. Os três vão deitar, com exceção de Selene, que fica e conversa com Heldon sobre o que fez.

Na manhã seguinte eles fazem um belo desjejum, Hansi chega a ameaçar Heldon caso ele puna Selene severamente. O conselheiro diz para ele ficar tranquilo, Selene cometeu um grande erro, mas teve uma grande redenção também, isso será levado em conta.

Sobre a orbe, o homem diz que não sabe se ela é proteção contra o dragão ainda, a cidade pode continuar em perigo, é torcer para o dragão não perceber isso. Ele diz também que sabe quem pode ajudar, Leonin, o poderoso paladino que trouxe a orbe para a cidade a muito tempo atrás. Ele mora para além dos picos gélidos do sul, nas terras brancas de Zarduk, e precisa ser encontrado imediatamente.

Dalrast não pensa duas vezes e aceita, quer ajudar a cidade. Hansi diz que não vai poder ir, tem assuntos a resolver na cidade, diz isso olhando para Selene. Slinker então não quer nem saber, conhece histórias sobre as montanhas, e diz ter amor a vida.

Desta forma encerramos a primeira aventura, Dalrast é o único que continuará a jornada por hora, e precisa de ajuda para continuar, de companheiros para enfrentar o caminho difícil e de um guia que conheça o caminho. Quer também achar uma armadura nova, não gosta da pouca proteção que a sua oferece. Eles saem, Hansi e Selene vão para a casa dela, Slinker vai para sabe-se lá onde, e Dalrast segue rumo a taverna do Beholder Caolho, na esperança de novas companhias para continuar.